Intervenções em empresas no sistema

Por: Ramon Gonçalves - Equipe Parabuss
No sistema de transporte coletivo de Belém houve alguns casos de empresas que devido a pessima prestação de serviço, tiveram intervenção do órgão gestor para que as operações de suas linhas não fossem prejudicadas, em geral um pool de empresas assume por um período as rotas da operadora em dificuldade até que se escolha uma outra companhia para assumir definitivamente todas os itinerários prejudicados, vamos ver a seguir as ocasiões em que esse sistema foi empregado na capital.
O primeiro caso conhecido de intervenção foi com a extinta Transportes Esperança Ltda (AQ), que operava as linhas 102-Jurunas/Pedreira, 103-Jurunas/Conceição e 104-Jurunas/Marambaia, desde de o fim dos anos 90 a ETEL já vinha passando por dificuldades, que eram visíveis na forma de greve dos funcionários, ônibus incendiados e obsolência da frota, em 2004 a então CTBel (atual SeMOB) organizou um consorcio de empresas para atuar nas linhas da Esperança, dentre as operadoras convocadas estavam a Transportadora Arsenal (AA), Viação Forte (AF), Viação Guajará (AI), Viação Perpetuo Socorro (AK) e Auto Viação Monte Cristo (AL), posteriormente a Arsenal assumiu a linha 103, enquanto Forte e Guajará ficaram com a 104, mais tarde a Arsenal abandou a linha 103 em favor da 104, por fim o Jurunas/Marambaia acabou extinto em 2014.
Em 2007 há uma nova crise em outra empresa, a "bola da vez" era a extinta Rápido Dom Manoel que tinha posse das rotas 439-Pedreira/Nazaré, 440-Castanheira/Presidente Vargas, 441-Ceasa/Felipe Patroni, 442-Ceasa/Ver-o-Peso, 444-Castanheira/Ver-o-Peso e 908-Paar/Ceasa, dessa vez além das outras operadoras já mencionadas anteriormente houve a entrada da Transportes Nova Marambaia (AT), Belém Rio (BD), Vialoc (BJ) e Rosário de Fatima (CB / atual Fênix Transportes), diferente do que aconteceu no caso ETEL, as linhas da Dom Manoel continuaram sendo operadas pela própria empresa enquanto as demais companhias auxiliavam suas operações, essa intervenção durou bem mais tempo, até por volta de 2009 quando a Belém Rio ficou definitivamente com as linhas 441 e 442 e a Monte Cristo com a 439 no ano seguinte, já a 908 passou a ser compartilhada com a Fênix, enquanto a 444 ficou inativa por um tempo e acabou sendo reativada pela extinta Vip Premium Transportes (CJ), já a 440 acabou sendo repassada para a nova subsidiaria Via Urbana (CM), atualmente as linhas 441 e 442 são gerenciadas pela Transportadora Arsenal.
Em 2020 houve a ultima intervenção do sistema, a extinta Vialuz Transportes (BT) estava agonizando nas operações das linhas 229-Pedreira/Condor e 230-Pedreira/Felipe Patroni, para tanto foi convocada a Transportes Nova Marambaia para assumir emergencialmente as linhas da Vialuz, inicialmente a NM deslocou diversos veículos de outras linhas para operar as linhas da Pedreira, posteriormente com a outorga definitiva, adquiriu 16 ônibus novos para rodar no novo setor de operações, já os ônibus da Vialuz acabaram indo para a Fênix Transportes, que adquiriu a massa falida da antiga empresa.
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