Por Ramon Gonçalves - Equipe Parabuss
A Transbel-Rio surgiu na década de 60 e desde de aquela época escolheu como área de atuação o bairro da Cremação, que fica localizado na porção sul da capital paraense, bairro que é cortado pela Avenida Bernardo Sayão (antiga Estrada Nova) de ponta a ponta, enfrentava concorrência da extinta Transporte Esperança (AQ) que operava no bairro vizinho Jurunas, desde o inicio a Transbel-Rio sempre optou por comprar carrocerias da CAIO com chassi da Mercedes-Benz, seus primeiros lote de ônibus foram na década de 70 com o modelo Gabriela, que já vieram de fabrica com uma pintura produzida pela própria CAIO que se tornou a identidade visual da companhia até 1991, posteriormente na década de 80 adquiriu o Caio Amélia até que em 1988 foi uma primeira empresa de ônibus a adquirir o recém-lançado Caio Vitória, este modelo seria a cara da Transbel-Rio por cerca de 15 anos.
Em 1991 ocorre a organização do transporte publico na capital e região metropolitana, a Transbel-Rio ganha o código AS e suas linhas Cremação I e Cremação II ganham os códigos 013 e 014 respectivamente, essa nova fase contou com a chegada de mais Caio Vitória entre 1991 a 1993, em 1998 mais um modelo da CAIO dá as caras na empresa, o Alpha já veio na nova motorização OF-1721 e estreou a pintura marajoara em suas linhas, todavia já naquele tempo os Vitória já eram vistos com modelos antiquados, juntamente com a rival Esperança possuía a frota mais antiga da cidade.
Ainda em 1998 a Transbel-Rio entra na onda dos veículos executivos e adquire Caio Carolina para um novo mercado: Outeiro, a empreitada teve vida curta pois logo a companhia foi substituída pela Santa Maria de Belém (AY), em 2001 ocorre a única "traição" da Transbel-Rio com a fabricante paulista de carroceria, pela primeira vez chega Busscar e Ciferal nas linhas da Cremação, os modelos adquiridos foram o Urbanuss Pluss e o Turquesa, ainda assim em 2003 a empresa faz a sua ultima compra de ônibus 0 Km com o Caio Apache Vip I e com chassi Volkswagen 17.210 OD, quebrando uma fidelidade de 40 anos com a Mercedes-Benz, após isso a Transbel-Rio foi declinando consideravelmente, em 2007 a cena mais comum era ver um veículo da empresa no prego pelas ruas que suas linhas operavam, a Transbel-Rio bem que ainda fez um esforço para repadronizar alguns de seus veículos para o atual padrão de pintura, mas a empresa estava muito quebrada financeiramente, a pessima qualidade da operação que era tema recorrente na imprensa chegou até os diretores da então CTBel (atual SegMob) que em Agosto de 2008 cassou de vez as ordens de serviço da Transbel-Rio, sendo suas linhas repassadas a Viação Guajará (AI), empresa que atua até os dias atuais tanto na 113 que ganhou o nome Cremação-Estrada Nova quanto na 114 que tem a bandeira Cremação-Alcindo Cacela, uma curiosidade é que após os fim da Transbel-Rio os seus antigos funcionários se reuniram em uma cooperativa clandestina que operava os mesmos itinerários da dupla 113 e 114, depois que a empresa acabou diversos ônibus que eram seus podiam ser vistos as margens da PA-391 já na condição de sucata.
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