Justiça goiana define falência da Transbrasiliana

Por Ramon Gonçalves - Equipe Parabuss
A 4ª Vara Cívil de Goiânia-GO optou por transformar a recuperação judicial da Transbrasiliana Transportes e Turismo em falência, no entendimento do juiz Pedro Ricardo Brendolan houve esvaziamento patrimonial, uma vez que para pagar suas dividas o Grupo TTT teve que vender diversas propriedades nas quais era o dono, o dinheiro da venda das propriedades não vinha sendo utilizado para pagamento de dividas com credores, manutenção e combustíveis e principalmente a remuneração salarial dos funcionários, em assembleia ocorrida no dia 18 de Novembro de 2024 os credores do Grupo TTT negaram a volta do interventor judicial Marino Tolentino Filho bem como o retorno de Milton Rodrigues Junior ao comando do conglomerado Transbrasiliana, a empresa também teve seu pedido de TAR (Termo de Autorização de serviço Regular) negado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), todos esses fatores contribuíram para que o magistrado compreendesse que não haveria futuras melhorias no Grupo TTT, apenas com a União a divida é de R$ 460 milhões, com a decisão final a Capital Administradora Judicial será responsável pela massa falida da antiga empresa, o Grupo TTT era composto pela Transbrasiliana Transportes e Turismo, Transbrasiliana Especiais e Fretamento, Transbrasiliana Hotéis Ltda, Transbrasiliana Encomendas e Cargas, Rápido Marajó, Transportes Coletivos de Anápolis e Nasson Tur, o pedido Recuperação Judicial foi feito em 2016 e homologado em 2018, mas de lá para cá houve pouca melhora financeira.
A Transbrasiliana operou por muitos anos em nosso estado, praticamente do inicio ao fim de suas operações, nas décadas de 80, 90 e 2000 operava sozinha as linhas de Belém para cidades de Sul, Sudeste e Oeste do Pará como Marabá, Altamira, Conceição do Araguaia, Redenção, Itaituba, entre tantas outras, a empresa contribuiu significativamente para o desenvolvimento dessa região, em uma rede combinada que envolvia transporte e hospedagem, com a crise que se abateu na segunda metade dos anos 2010 a mesma se viu obrigada a abrir mão de suas operações intermunicipais paraense, ao mesmo tempo foi desativando rotas que ligavam a capital paraense com capitais do centro-oeste e sudeste brasileiro, por fim TTT e Rápido Marajó ainda visitavam nosso estado através da linha Goiania/Belém, linha essa que agora será operada pela RodeRotas ou pela Catedral Turismo, a Transbrasiliana é mais uma das grandes empresas do passado que encontrou seu ponto final deixando para trás um legado de viagens, amizades e progresso por onde passou.
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