LINHAS EXTINTAS: 900-Cidade Nova 4/Ver-o-Peso

 

Por Equipe Parabuss
A expansão do município de Ananindeua começou na década de 80, nesse período a Companhia de Habitação do Pará criou e construiu o projeto da "Cidade Nova" um grande conjunto habitacional para famílias de baixa renda, a medida que iam sendo inauguradas as mesmas ganhavam ordem sequencial, quem também estava em processo de crescimento era a Viação Forte (AF) que buscava novas áreas de operação, logo os donos perceberam que aqueles conjuntos habitacionais eram potenciais polos geradores de passageiros, assim foi criadas as linhas Cidade Nova 4 e Cidade Nova 5, com a padronização saia & blusa em 1991 a linha da Cidade Nova 4 ganhou prefixo 100 e o complemento Ver-o-Peso, no inicio a frota era composta de Thamco Padron Falcão - Mercedes-Benz OF-1313, em 1992 é incorporado Thamco Scorpion - OF-1315, já em 1993 chega Busscar Urbanus I - OF-1318, para 1994 vem Caio Vitória - Ford B-1618, em 1995 a linha experimenta a sua maior renovação, naquele ano chegou Ciferal GLS Bus tanto no chassi OF-1620 quanto em Volkswagen 16.180 CO, Thamco Dinamus - B-1618 e Urbanus II - OF-1620, após dois anos sem novidade em 1997 é a vez da rota usufruir do Busscar Urbanus II - OF-1721, chassi este que seria padrão na linha até 2003.
Em 2000 chega o primeiro e único Caio Apache S21 da 900, bem como em 2001 vem o único Busscar Urbanuss Pluss do itinerário, em 2003 chega mais um filho único, um Caio Apache Vip I - Volkswagen 17.210 OD, após essas aquisições em 2005 são comprados os primeiros Ciferal Citmax para o Cidade Nova 4/Ver-o-Peso, um com chassi 17.210 EOD e dois no Mercedes-Benz OF-1418, em 2007 vem duas carrocerias diferentes com o mesmo chassi um Busscar Urbanuss Ecoss e um Ciferal Citmax, ambos na plataforma OF-1418.
Dando sequência a compra de chassis tocos para a 900, a Forte em 2008 comprou um Comil Svelto V com chassi 15.190 EOD, foi o inicio da parceria da Família Gomes com a encarroceradora de Erechim, e não parou por ai entre 2010 e 2011 veio mais três Svelto V, agora no chassi OF-1722M, em 2012 há uma recaída pela Induscar e vem o primeiro veículo Euro V da empresa, um Caio Apache Vip II com chassi OF-1721 Bluetec V, em 2014 outra revolução na Viação Forte, após mais de uma década sem comprar o Marcopolo Torino, chega naquele ano duas unidades para o Cidade Nova 4, ambos no chassi OF-1721 Bluetec V, já em 2015 a chega mais dois OF-1721 mais dessa vez com a carroceria Comil Svelto VI.
Depois de quatro anos sem nenhum tipo de renovação, em 2019 a 900 é finalmente contemplada com um Torino V - OF-1721, o que não se sabia era que seria a ultima renovação da linha, nesse mesmo ano uma crise familiar se instaura dentro da Viação Forte, e tudo piora em 2020 quando a pandemia de Corona Vírus se espalha mundo afora, esses dois fatores quebraram a economia da empresa que começou a estocar muito veículos por falta de peças para reposição, motores inoperantes e caixa de câmbios danificadas, diante disso os ônibus da 900 começaram a ser transferidos para outras rotas mais lucrativas, e o que estava ruim piorou em 2022 quando a atual gestão da Forte se viu obrigada a vender vinte Torino V - OF-1721 para a cidade de Jundiaí, linhas como 487, 494 e 905 acabaram sendo extintas nesse processo e a 900 acabou ficando cambaleante com apenas um único carro.
A agonia da 900 teve fim no dia 29 de Junho de 2024 quando o ultimo veículo operacional de prefixo AF-90013 foi deslocado para a linha 932-Cidade Nova/Unama Alcindo Cacela e reprefixado para AF-93215, depois de 40 anos a população das Cidade Nova 2 e 4 ficou sem uma linha para atender aquela área em especifico, sua extinção se deve muito pela semelhança de rota com a 901-Cidade Nova 5/Ver-o-Peso, que também anda em maus lençóis, pelo que se desenha no atual quadro, a Viação Forte está longe de superar suas dificuldades, a esperança vem com os novos Apache Vip V, mas a 900 dificilmente terá uma nova chance.
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