Empresas do Pará #005 - São João

 

Por Equipe Parabuss
Extinta há quase 20 anos a Expresso São João teve iniciativa de João Cavalcante na década de 60, contou como primeiro destino a cidade de Igarapé-Açú no nordeste paraense, depois foi se expandindo para as localidades adjacentes como Maracanã, Cafezal, Marudázinho, Quarenta do Mocooca, Peixe-Boi e Magalhães Barata, a empresa sempre teve uma predominância de modelos da Marcopolo em sua frota, com exceções de modelos da Nielson/Busscar, sempre sob motorização Mercedes-Benz, na década de 80 a empresa se utilizou da terceira geração de modelos rodoviários da Marcopolo, principalmente na linha Belém/Maracanã que era uma das rota carro-chefe da São João, em meados de 1987 chegam a frota os únicos Volvo B10M que eram encaroçados sob o Marcopolo Viaggio G4 1100, e quase ao mesmo tempo chegou um lote de Nielson Diplomata 3.10 de chassi OF-1113, a parceria com a família Nielson continuou até 1993 quando veio um lote de Busscar El Buss 320 da geração que foi lançada naquele ano, novidade dentre as empresas intermunicipais naquele tempo, no ano seguinte veio uma unidade conhecida de um Marcopolo Paradiso GV 1450 que pertencia a divisão de turismo Sajotur, contudo uma tragédia abala a administração da empresa e a partir desse acontecimento a empresa começa um declínio em sua frota, em 1995 recebeu Viaggio GV1000 sob o chassi OF-1620, sempre na vanguarda dos lançamentos de chassis e carrocerias para os frotistas, mais tarde recebeu Viaggio G6 1050 e como sua ultima compra, em 2002 recebeu uma unidade do Marcopolo Andare Class também tendo como chassi OF-1721, o mesmo da compra dos Viaggio G6, mas na epoca já enfrentava concorrência pesada do transporte alternativo por vans que surgiu no fim dos anos 90, para enfrenta-los a empresa havia comprado Volares que não havia dado certo, por fim muitos ônibus estavam sucateados e sem condições de operações, sendo comum darem "prego" por falta de manutenção adequada, o que ocasionou até vandalismo por parte da usuários da empresa, com a morte de João Cavalcante o fundador a situação da São João apenas piora, os herdeiros não administravam a empresa corretamente e por fim em Abril de 2004 a São João para de rodar, tendo um fim bem melancólico, as linhas de Peixe-Boi, Marudázinho e Maracanã passaram a ser administradas temporariamente pela TransArapari (AR) e posteriormente por sua extinta subsidiária Expresso Estrela Azul (CA) enquanto as demais linhas foram direcionadas para a também extinta Expresso Modelo (MD) que mais tarde com a falência da Estrela Azul, absorveu todas as linhas que um dia haviam pertencido a São João.
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