Sistema de Transporte de Belém - Parte 2

 

Por Equipe Parabuss
ATENÇÃO: Não leia esta matéria sem antes acompanhar a parte 1.

Nesta matéria você irá acompanhar a segunda parte sobre o sistema de transporte de Belém, mais especificamente entre os anos de 1997 e 2007, nessa uma década vigorou uma das padronizações mais marcantes em Belém e RMB, a pintura marajoara, simples e bonita, chamava a atenção por onde quer que fosse.
Em 1996 o então candidato Edmilson Rodrigues (PT) ganha as eleições para a Prefeitura de Belém, promovendo uma verdadeira revolução urbanística em Belém, em seus planos estava também alterar a programação visual dos ônibus, para tanto a então CTBel e sua divisão de transporte dividiram a Região Metropolitana em 5 áreas, cada uma contaria com uma cor em uma faixa triangular nas laterais e reta na frente e traseira juntamente com elementos marajoaras na cor amarela, as áreas levavam em consideração os corredores que os ônibus percorreriam, no próximo paragrafo você pode entender quais eram esses corredores e suas cores correspondentes.
- Faixa Vermelha (Linhas que trafegavam pelos bairros centrais de Belém);
- Faixa Laranja (Linhas que trafegavam em bairros fronteiriços de Belém);
- Faixa Verde (Linhas que trafegavam pela Rodovia Augusto Montenegro);
- Faixa Marrom (Linhas que trafegavam pela Rodovia Arthur Bernardes);
- Faixa Azul (Linhas que trafegavam pela Rodovia BR-316 / Área Metropolitana).
Além dessa nova diagramação de áreas, as linhas passaram a ter os códigos iniciados em números de 1 a 9, sendo o numero 0 dedicado aos ônibus reservas das empresas, os códigos servem para especificar de qual bairro ou município a linha tem origem, e assim como na pintura saia e blusa, os códigos das linhas nada tem a ver com a bacia em que os ônibus operam.
- Código 1XX: Jurunas e Cremação;
- Código 2XX: Pedreira (exceção linhas 200 e 202);
- Código 3XX: Marco, Guamá, Terra Firme e UFPa;
- Código 4XX: Guanabara, Ceasa, Curió e Castanheira;
- Código 5XX: Marambaia (exceção linha 503 e 504);
- Código 6XX: Val-de-Cans, Pratinha, Bengui e Cordeiro de Farias;
- Código 7XX: Tenoné, Tapajós, Canarinho, Jardim Europa, Satélite, Sideral e Conjunto Maguari;
- Código 8XX: Tapanã, Icoaraci e Outeiro;
- Código 9XX: Ananindeua (exceto Guanabara), Marituba, Benevides e Santa Bárbara do Pará.
A gestão de Edmilson além de promover essa nova organização de transporte ainda estabeleceu as linhas executivas, onde predominantemente haviam micro-ônibus em suas frotas, os chamados "fresquinhos" que geralmente não contavam com a pintura marajoara, possuíam códigos e tarifa diferentes das linhas comuns.
A gestão de Edmilson também se notabilizou pelo fortalecimento do sistema de transporte coletivo, com a entrada de novas permissionárias e criação de novas linhas por toda a RMB, muitas dessas empresas eram derivadas das operadoras que já existiam, outras tantas eram novatas no sistema.
AV - Nossa Senhora do Carmo;
AX - Jr.Galvão;
AY - Santa Maria de Belém;
AZ - Autoviária Bragantina;
BB - Expresso Izabelense;
BC - Expresso Michele;
BD - Belém Rio Transportes;
BF - Transportes Pinheiro;
BG - Transportes São José;
BH - Floresta Transportes;
BJ - Transloc;
BK - Pirâmide Transportes;
BL - Águas Lindas;
BM - Via Metropolitana;
BN - Barata Transportes.
Entretanto, esse período se notabilizou por um certo envelhecimento da frota, ainda assim chegou ao ápice de ter 2200 ônibus operando em diversas linhas e empresas, essa época também ficou marcada pela troca de fluxo de embarque em 2004, a partir desse ano os passageiros passaram a embarcar pela porta dianteira, uma tendência que já vinha de outras capitais do país, também de fora veio a ideia da bilhetagem eletrônica, na virada de 2005 para 2006, já na gestão de Duciomar Costa foi implantado o Passe Fácil que é administrado pela Setransbel (Sindicato das empresas de Transporte de Belém).
Em 2007, no segundo ano do mandato do então prefeito Duciomar Costa (PTB) houve o planejamento de mais uma vez alterar a identidade visual dos ônibus para algo mais regional, visando ser uma atração turística, mas vamos deixar para a próxima matéria essa alteração.
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