Semob tira linha da Belém Rio

 Por Equipe Parabuss


A Semob (Secretaria Executiva de Mobilidade Urbana) começou o processo de retirada e substituição na linha que opera no Residencial Quinta dos Paricás (Distrito de Outeiro), atualmente operada pela Belém Rio, depois de denuncias feitas pelos moradores devida a escassez e má prestação do serviço, a Semob foi até ao fim da linha de onde partem os ônibus, fiscalizar a mesma, o que vem ocorrendo há 15 dias.


Há pelo menos 5 anos as reclamações sobre o serviço ofertado da empresa, são uma rotina.
Foto: Yuri Marinho (2020)

Na ultima terça-feira 16/02, a empresa de forma unilateral deixou de operar na linha sem a autorização do órgão, que emitiu um oficio exigindo que a linha fosse reestabelecida em no máximo de 1 hora a partir do recebimento do oficio, caso contrário a empresa sofreria medidas cabíveis de responsabilização.

Frota envelhecida e "sumiço" em linhas vem sido recorrentes. Foto: Claudio Roberto (2020)

A linha chegou a ser reestabelecida mas a Semob decidiu adicionar uma nova linha que atenda o Residencial, a linha, que já começou a operar de forma imediata nas primeiras horas da manhã de 17/02, é a Icoaraci – Ver-o-Peso, da empresa Vialoc com trajeto pela avenida Arthur Bernardes, e que agora passa a integrar o Quinta dos Paricás.

Com muitos carros de 2ª mão oriundos do RJ, "pregos" são uma realidade do usuário das linhas operadas pela empresa. 
Foto: Claudio Roberto (2020)


Segundo Ana Valéria Borges, superintendente da Semob, a intervenção rápida se fez necessária para garantir uma maior oferta para a população local, ontem 17/02 foi realizada uma reunião com  representantes da Belém Rio e da Setransbel, quando a própria empresa confirmou que não tem mais interesse em operar na linha, o que acarretou no inicio do processo de sua saída e eventual substituição. 


Foto: Claudio Roberto (2020)

Na reunião, José Roberto Pereira de Oliveira, diretor geral da SeMOB, disse que a comunidade do Quinta dos Paricás foi a primeira atendida pela nova gestão, e que desde janeiro vem fazendo uma análise mais minuciosa da prestação do serviço na área, que trouxe resultados bem aquém do estabelecido pelo órgão gestor. O representante da Belém Rio, por sua vez, apresentou durante a reunião, um elevado quantitativo de autuações administrativas que tomou do órgão, essas autuações tem o valor médio de R$ 700 por viagem não realizada. 

Ficou decidido que até a próxima sexta-feira, 19, a Belém Rio irá formalizar junto à SeMOB sua saída da linha Águas Negras – São Brás, via Paricás, na próxima semana, a SeMOB já apresentará sua proposta para a migração a uma nova empresa e até a total transição, a Belém Rio fica obrigada a continuar com a prestação do serviço que atende o Paricás, em paralelo à Vialoc que passou a operar a outra linha da área.


Em 2020 com a pandemia, a empresa parou de operar na linha 547 sem comunicar a Semob.
Foto: Yuri Marinho (2018)

Na reunião também ficou acertado que a Belém Rio deve formalizar a Semob quais são as outras linhas que ela não tem mais interesse em operar, entre elas algumas com altíssimos registros de reclamações recorrentes na Semob, como as linhas que operam nos conjuntos Médice, Satélite, Distrito de Outeiro, Maguari e o Tenoné, que com a posse dessa informação, a SeMOB abrirá os procedimentos de substituição. 


Foto: Yuri Marinho (2019)

Ao observarmos esse processo de substituição na linha da Quinta dos Paricás e eventuais processos de substituição em outras áreas operadas pela Belém Rio, fica claro que com a troca de administração na Prefeitura e Semob, a empresa não contará mais com a benevolência que teve ao longo de 8 anos quando a empresa ganhou de presente praticamente toda a área da Augusto Montenegro e Icoaraci para operar e mesmo operando de forma precária a mesma não era sequer punida com isso, chegando ao ponto da mesma sumir com os carros na linha 547 Médice - Pres. Vargas, e a então gestão da Semob  (2013-2020) não fazer absolutamente nada. Esperamos que o serviço na área melhore, com a entrada de novas empresas, sem gerar monopólio, e que mesmo que a empresa deixe de operar no sistema, que os empregados sejam absorvidos pelas novas empresas.


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